1 de abril de 2012

1° de Abril: Dez Mentiras Que Cercaram o Pinheirinho:

MENTIRA X VERDADE

Andrea Matarazzo, secretário do Governo de SP e Arielli Tavares, estudante da USP e da ANEL SP em discussão durante protesto contra o violento despejo do Pinheirinho na inauguração do museu MAC-USP em janeiro.

1. "Não houve violações, a reintegração de posse foi pacífica"
Houve espancamento, estupro, dezenas de feridos com balas de borracha e ainda há desaparecidos.

2. "A culpa é dos moradores, por serem invasores ou por não terem negociado"
O terreno estava abandonado durante 30 anos. Todos devem ter direito à moradia, e os moradores tentaram negociar, mas o governo do PSDB foi intransigente.

3. "Foi ruim, mas a polícia só cumpriu a lei"
Quando ocorreu a invasão, havia um conflito de competência entre as Justiças Estadual e Federal, portanto não havia ordem judicial que autorizasse qualquer reintegração de posse.

4. "Os moradores estão tendo a devida assistência"
Os moradores estão amontoados em igrejas ou ginásios.

5. "Os policiais só cumpriram ordens"
A ordem do governo sequer respeitava a justiça. E nenhum policial é obrigado a agir contra os acordos dos Direitos Humanos internacionais.

6. "O Pinheirinho era uma área dominada pelo tráfico e pelo crime"
O Pinheirinho era ocupado por famílias de trabalhadores. Não tinha nada a ver com o tráfico. E até as favelas do Rio controladas pelos traficantes tiveram aviso prévio da entrada da polícia.

7. "A ocupação foi um crime contra a propriedade privada de um empresário"
O terreno pertencia a uma família sem herdeiros e foi grilada pelo mega empresário Naji Nahas, que já foi até preso por crime contra o sistema financeiro. Pertencia à massa falida da sua empresa Selecta, que tem uma dívida milionária com a prefeitura.

8. "Os moradores do Pinheirinho são envolvidos com movimentos sociais radicais"
Todos têm direito de se organizar e lutar pelos seus direitos.

9. "O governo federal não tem nada a ver com isso e não pode fazer nada"
Pode desapropriar o terreno transformando em “área de interesse social” e devolver para as famílias do Pinheirinho.

10. "Agora não há mais nada a ser feito"
A luta deve continuar até que a situação dos moradores seja resolvida. Até lá, ninguém vai desistir de lutar, e os moradores seguem organizando a sua resistência.

Ato nacional em defesa do Pinheirinho reuniu 4 mil em São José dos Campos.