22 de maio de 2012

GREVE na Unifesp Diadema

Professores de cinco campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram entrar em greve nesta terça-feira (22) - apenas os professores de Guarulhos não aderiram à paralisação. A decisão foi tomada durante assembleia geral e faz parte do movimento nacional de paralisação das universidades federais. Até o momento, 40 universidades estão paradas, além de 3 institutos federais.

Segundo Virgínia Junqueira, presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), os professores de Guarulhos participam das mobilizações, mas ainda não aderiram à paralisação porque os alunos da unidade estão em greve há mais de dois meses. A próxima assembleia geral está marcada para o dia 29 de maio. Os campi paralisados são: Diadema, Baixada Santista, Osasco, São José dos Campos e São Paulo. (1)

O campus da Unifesp em Diadema, que votou GREVE desde o dia 17, é fruto do REUNI, e como parte da expansão precarizada do decreto federal, os estudantes sofrem com problemas de infraestrutura desde a sua fundação. Os problemas, levando em conta suas particularidades, são os mesmos que ocorrem por várias universidades em todo país:  falta de restaurantes universitários e RU's que não comportam a demanda e fazem surgir filas cada vez maiores, falta de moradias e bolsas insuficientes e sem reajuste, salas de aula super-lotadas, obras não finalizadas, e a conseqüente falta de prédios e salas de aula que comportem a parte acadêmica e administrativa dos cursos novos e um longo etc.

A greve aprovada pelos estudantes e professores do campus de Diadema é parte de uma mobilização nacional em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e de uma expansão com 10% do PIB para a educação!

É um absurdo que o governo Dilma deixe a educação pública brasileira sob essas condições. Elegeu-se com a confiança dos brasileiros de que a educação seria uma prioridade em seu governo, e o que dá em troca é isso? A única forma de resolver esse problema é através da luta, das mobilizações, protestos de rua, ocupações de reitoria e greves. Ao longo da história do nosso país, só conseguimos avançar em direitos e soluções aos problemas sociais com muita luta! Em 2012, também não será diferente.

Desde já, convidamos todos os lutadores para a nossa VI Assembléia Nacional, que deverá ser um desaguadouro natural de todo o processo de mobilização nacional, no dia 16 de junho no Rio de Janeiro. É preciso desde já unificar o conjunto do movimento estudantil. É nesse sentido que a ANEL tomou a iniciativa de lançar o "MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO", para que seja assinado pelos diversos DCEs e entidades estudantis do país. Este Manifesto, além de prestar todo o apoio à greve da educação, convoca todos e todas à Marcha Nacional pela Educação no dia 5 de junho, que já está sendo convocada pela FASUBRA e pelo ANDES-SN, e a instalação nesta mesma data do COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS ESTUDANTES. Com a presença das principais entidades estudantis, este Comando deve ser nosso principal instrumento para articular, organizar e potencializar a mobilização dos estudantes.

Leia carta de reivindicações dos estudantes da Unifesp Diadema, clique aqui.


(1) Texto: UOL Educação.